Aumento foi de 142,8%,
segundo DPDC; veículos e motocicletas lideram chamamentos
Os recalls de produtos
alimentícios e de higiene pessoal foram os que mais cresceram neste ano em
relação a 2010. Segundo balanço divulgado ontem pelo DPDC (Departamento de
Proteção e Defesa do Consumidor), o aumento foi de 142,8%.
No segmento, foram 17
chamamentos para troca de produtos ante sete registrados no ano passado. Os
segmentos de veículos e motocicletas, por sua vez, continuam como líderes de
recalls. No ano foram, respectativamente, 41 e 14 chamados.
Ao todo, ocorreram 75
recalls no país em 2011. Em relação a 2010, a variação foi pequena. Ante 2003,
os recalls no Brasil aumentaram 127,2%. Segundo especialistas, o aumento não
preocupa porque o crescimento do consumo favoreceu o surgimento de novos
produtos.
O ano também se destacou
pelo maior recall desde a formação do banco de dados sobre as notificações, em
2003. O defeito na vedação da embalagem do fermento em pó Royal, da Kraft Foods
Brasil, atingiu 40 milhões de unidades, em novembro.
"Isso mostra que o
recall tem sido cada vez mais adotado pelos fabricantes como forma de evitar o
aumento de acidentes de consumo. O fermento em pó, por exemplo, tem em toda
cozinha no Brasil", disse a diretora do DPDC, Juliana Pereira.
A diretora, porém, demonstrou
preocupação com a falta de um banco de dados de acidentes de consumo.
"Precisamos avançar nisso", disse. Um projeto de lei em tramitação no
Congresso Federal trata do assunto.
"O recall é
positivo. O exagero é que tem que ser observado", disse o diretor de
fiscalização do Procon do Estado de São Paulo, Renan Ferraciolli. "E o
consumidor é importante porque tem que ficar atento a qualquer
chamamento", completou.
Nos Estados Unidos, o
recall existe desde a década de 1960 para produtos com defeitos mínimos ou que
ofereçam risco de morte. No Brasil, o recall vigora desde 1991.
Fonte: Folha de São Paulo
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