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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

NotíciasGenéricos: Potencial para ganhar mais espaço (Valor Setorial - Saúde)

Genéricos: Potencial para ganhar mais espaço (Valor Setorial - Saúde)
Jornalista: Inaldo Cristoni
29/08/2014 - Os medicamentos genéricos seguem uma trajetória ascendente no mercado nacional desde o seu surgimento, há 15 anos. Com preços acessíveis e cobertura para 95% das doenças conhecidas, suas vendas puxam o crescimento dos negócios da indústria farmacêutica brasileira. A projeção é de que o aumento no faturamento nesse segmento, que chegou próximo a RS 14 bilhões no exercício passado, deve superar o patamar de 20% este ano.
Na avaliação de Telma Salles, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), os genéricos têm potencial para dobrar sua participação no mercado. Atualmente, detêm 28,2%, mas podem ocupar uma fatia de 50%.
Ela lembra que, nos mercados mais maduros, a fatia dessa categoria de produtos chega a 80%. "Ha muito espaço para crescer por ser um mercado novo. As empresas têm capacidade produtiva e competência para fazer genéricos com qualidade e eficácia assegurada", enfatiza Telma. Segundo ela, o preço é um fator importante. A disputa se dá pela oferta de maiores descontos no ponto de venda, o que reduz bastante as margens dos laboratórios. "Mesmo assim, é um cenário ideal para permitir o crescimento dos genéricos no Brasil." Da PróGenéricos participam 16 laboratórios, que concentram 90% das vendas dessa categoria de remédios. No total, o segmento aglutina 117 empresas, responsáveis por 3,5 mil registros de medicamentos, dos quais derivam mais 21,1 mil apresentações comerciais. A tendência é a oferta aumentar no mercado brasileiro com o lançamento de versões genéricas de produtos para cardiologia, doenças do sistema nervoso e Parkinson, cujas patentes vencerão nos próximos anos.
Um dado revelador da importância dos genéricos é que oito das dez maiores empresas farmacêuticas instaladas no Brasil contam com essa categoria de produtos em seu portfólio de ofertas. Na EMS, por exemplo, a linha responde por 35% das vendas e é, ao lado dos medicamentos de prescrição médica, o carro-chefe dos seus negócios. A companhia lidera esse mercado, com participação de 21% em receita e de 20% em unidades comercializadas, segundo a IMS Health.
0 segmento tem sido um dos motores do crescimento da EMS. Com um portfólio de mais de 500 apresentações - entre os quais se destacam a Sinvastatina, para o controle do colesterol, o Omeprazol e o Pantoprazol, ambos protetores gástricos -, o laboratório obteve no ano passado uma expansão de 11 % na área de genéricos em relação ao exercício de 2012 e projeta um incremento anual nos negócios entre 15% e 20% nos próximos anos.
De acordo com Marcus Sanchez, vice-presidente institucional da EMS, há uma lista com mais de 15 novos medicamentos aguardando registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre eles o Tadalafila, genérico do Cialis, indicado para tratamento de disfunção erétil. "Acreditamos que o mercado vai continuar crescendo por dois motivos: há muitos produtos para serem lançados e a confiança do consumidor nos genéricos é cada vez maior", destaca.
Para outros laboratórios, entretanto, as vendas de genéricos não são tão representativas e, por causa de sua baixa rentabilidade, apostam na diversificação das atividades. A Eurofarma e a União Química priorizam a comercialização de medicamentos de maior valor agregado. Mesmo a EMS, que tem forte presença em genéricos, está investindo no desenvolvimento de projetos de inovação. No ano passado, a EMS criou a Brace Pharma, com sede nos Estados
Unidos, para fazer pesquisas de novas moléculas e desenvolver produtos que seriam comercializados primeiro naquele país e depois no Brasil. Além disso, formalizou parcerias com laboratórios internacionais, como o francês
BioAllian-ce Pharma, especializado em fármacos para doenças oncológicas, e o americano Iroko Pharmaceutical, que produz medicamentos indicados para tratamento de dor aguda, leve e moderada, em adultos.
Com crescimento anual médio de 15% nos últimos cinco anos, a Eurofarma obtém apenas 12% de seu faturamento com genéricos. A cada ano lança cerca de dez novos produtos no mercado, mas essa linha é apenas a terceira fonte de receita, atrás das áreas hospitalar (17%) e de prescrição médica (56,8%). Julio Cesar Cagliardi, vice-presidente comercial da companhia, considera razoável a participação da empresa nesse ramo. "Temos um portfólio comparável ao dos cinco laboratórios mais importantes do segmento." Na área de prescrição médica, a Eurofarma atua também por meio de outras duas empresas: a Momenta Farmacêutica, criada no ano passado para fabricar e comercializar produtos de marca própria, e a Supera RX Medicamentos, uma joint venture entre a Eurofarma, Cristália e Merck Sharp & Dohme (MSD), que iniciou suas operações com a transferência de marcas e produtos das empresas acionistas.
Como parte da estratégia de diversificação, a Eurofarma criou uma unidade para comercializar medicamentos isentos de prescrição médica (OTC). Além disso, conta com uma operação de produtos hospitalares e outra para oncologia. "Temos ainda uma área de licitações, que vende diretamente para o Ministério da Saúde, governos
estaduais e prefeituras ou para distribuidores que atendem esses mercados", diz Cagliardi.
Com mais de 200 milhões de unidades de medicamentos produzidas em 2013 e presença nos principais segmentos farmacêuticos, a Eurofarma registrou vendas de R$ 2,2 bilhões no exercício passado e ficou em quarto lugar no ranking do varejo farmacêutico nacional. O laboratório tem fábricas em São Paulo, nas cidades de Itapevi e Ribeirão Preto, e no Rio de Janeiro.
A União Química reduziu este ano o seu portfólio de genéricos. Descontinuou em torno de 50 apresentações comerciais e manteve apenas os itens mais rentáveis. 0 resultado da medida, aliada a outras, como a readequação dos preços e o lançamento de produtos, surtiu efeito. A companhia apresentou no primeiro semestre crescimento de 30% na área de saúde humana, que responde por 85% do faturamento, estimado em RS 860 milhões em 2014.
Segundo Paulo Cesar Marques Pinto, diretor comercial da União Química, o desempenho da empresa foi três vezes superior ao do mercado, que cresceu 7% em unidades comercializadas e 10% em receita no período. Apesar de os genéricos representarem apenas 4% da receita em saúde humana, faz parte dos planos a oferta de novos produtos dessa linha. Para 2015, está programado o lançamento de 80 medicamentos, dos quais 10% serão da linha de genéricos.
A operação da União Química é estruturada em três áreas de negócios. Na divisão Farma, que abriga os genéricos, linha OTC e medicamentos de marcas, houve um aumento de 20% na equipe, que passou a contar com 300 representantes comerciais e mais 30 gerentes que atendem diretamente o ponto de venda. "O carro-chefe é o hormônio Ciclo 21, de baixa dosagem, que vende uma média de 3,5 milhões de unidades por mês e representa 8% das vendas em saúde humana", diz Marques.
As outras duas divisões são a Hospitalar e a de Prescrição Médica. Nesta última, em que se destaca a linha de oftalmologia, o time de colaboradores também cresceu, para 280 propagandistas médicos. A União Química ampliou em 25% a capacidade de produção das fábricas de Pouso Alegre (MG) e de Brasília. Em março, consolidou a aquisição do laboratório da Novartis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Além de produzir os medicamentos da Novartis, o plano é terceirizar a produção para outras companhias.






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